domingo, 20 de janeiro de 2013

A culpa é das estrelas!

"Às vezes, um livro enche você de um estranho fervor religioso, e você se convence de que esse mundo despedaçado só vai se tornar inteiro de novo a menos que, e até que, todos os seres humanos o leiam."

Eu tenho a mania de fugir de leituras que estejam relacionadas com doenças terminais, sobretudo quando as vítimas dessas doenças são pessoas ainda muito jovens e que deveriam ter, obrigatoriamente, uma vida longa e saudável pela frente. Sempre que fiz esse tipo de leitura, precisei alguns dias até me desvencilhar completamente de uma sensação de mal-estar.
Conversando com uma amiga sobre isso, ela me disse: mas livro bom é aquele que fica depois que a leitura passa. Aquele que de alguma forma consegue tocar o leitor - e deixa como marca essa sensação de inquietude, você não concorda? Sim, eu concordo! Pensando dessa forma, achei melhor deixar minha sensibilidade de lado um pouquinho e fui lá conferir.

O livro conta a história de Hazel, uma menina que foi diagnosticada com câncer de tireóide aos 13 anos de idade. Hazel, aos 16 anos e perto do estágio terminal de sua doença, é convencida pela mãe a participar de um grupo de apoio, onde outros adolescentes na mesma situação que ela se encontram para compartilhar experiências.
Durante esses encontros ela conhece Augustus, um rapaz de 17 anos, atraente e educado. Eles iniciam uma bonita amizade, apaixonam-se e começam a namorar.
Mas, afinal, o livro trata sobre o quê mesmo? Sobre o câncer? Sim, mas também sobre o desejo que esses jovens têm de desfrutar da vida mesmo sabendo de suas debilidades. É sobre ter que viver com  a presença constante da morte e ainda assim encontrar motivos para seguir adiante. É sobre a amizade, é sobre perdas, é sobre o amor.
Ah, então é uma história de amor? Sim, também! Só que está muito longe de ser um desses romances fofos com um príncipe encantado, fada madrinha e o "foram felizes para sempre".
O livro é triste, mas apesar disso o autor consegue nos passar alguns momentos de alegria ao narrar o lado romântico do amor de Hazel e Augustus. E o leitor vai percebendo o forte que eles conseguem ser, o esforço que fazem para tentar levar uma vida normal, para não se sentir tão fora de lugar, tão fora do mundo! Apesar de viverem à base de remédios e tratamentos fortes, eles viajam, leem, namoram e amam. Apesar de debilitados, desfrutam da vida e de todas as coisas belas que ela oferece.

"você vai... você vai... viver o melhor da sua vida hoje. Essa é a sua guerra agora."

O livro é um tapa na cara daquelas pessoas que se fazem de coitadinhas, que desistem na primeira dificuldade, sem lutar.
Independente do livro ser bem escrito ou não, do autor ter retratado o câncer de forma verossímil ou não, das personagens serem bem construídas ou não, de ser literatura de primeira linha ou não, acredito que,  à sua maneira, conseguiu  passar a mensagem, conseguiu fazer refletir  sobre a efemeridade da vida e a importância de vivê-la plenamente, apesar das adversidades... Apesar de tudo!

O autor:



John Green

Uma prévia do filme que estreará em breve:
                                                                   





5 comentários:

  1. Day, sou muito parecida contigo... Livros tristes me apertam o coração e deixam uma sensação de aperto no peito... Ainda fujo deles... Acho lindo histórias de superação, de fé e vida, mas não é sempre que estou preparada para ler, quer ver histórias de perda...
    Beijãooo lindona

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  2. Oi,
    O meu problema mesmo é quando sei que o enredo está relacionado com doenças terminais, quando as vítimas são muito jovens e tal, mas mesmo assim eu gostei pra caramba. Nunca tinha lido nada desse escritor, a única referência que tinha é que ele escreve pra adolescentes, mas valeu, achei ele bom.
    Sabe, Aliny, outro livro muiiiito triste que eu li no ano passado foi "Por favor, cuide da mamãe", vc conhece? Caramba, deu um aperto no coração... Super recomendo.
    Beijos

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  3. Ahhh, já baixei!! Grata pela dica! Eu acredito que o que toca a cada um viver, chega no momento certo na vida desse um, e creio que isso se aplica a tudo, inclusive aos livros. Seja literatura ou nao, de qualidade ou nao, do seu gosto , ou nao, nao importa, caiu na sua mao, ou te despertou o menor interesse, ainda que seja apenas um comeco de leitura, sem concluí-la, é pra tí, de alguma forma, essa leitura lhe será útil,ainda que seja só pelo fato de fazer-te derramar uma lágrima ou sacar-lhe um sorriso, por menor que seja. Entao, Dayyyyy... este nao me escapa! Estou terminando "Comprometida!, da Elizabeth Gilbert, que foi presente de minha irma, e gostei muito.Continue me mandando sugestoes pq eu adoro!! Ah, se possível, me traga algum livro PESSOALMENTE, rsrs..vou adorar te ver e compartir um café contigo!! SALUDOS ! TQM.

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  4. Oi, Re!
    Eu nunca li nada da Elizabeth Gilbert, nem mesmo aquele que ela ama, come e sei lá mais o quê... rsrs Depois me fala se é bom, tá?
    Quanto ao livro do John Green, quando puder leia, sim, e depois volta aqui pra me contar se gostou ou não.
    Beijos

    PS:. Acho que vc vai me trazer um livro aqui do outro lado do mundo antes de que eu vá aí...<3<3

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