quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Eu sublinho passagens de livros...

O filho de mil homens - pag 227
Sim, eu costumo rabiscar meus livros. Aqueles trechos que tocam e chamam bastante a minha atenção eu marco com lápis, com canetinhas coloridas, com adesivos, enfim, deixo o dito cujo com a minha cara.
Tem gente que não gosta, que acha um desrespeito com o livro e tal... Eu até entendo, mas não consigo parar, é mais forte que eu! Já tentei usar um caderninho pra anotar os trechos que considero especiais mas não funcionou da mesma forma. Gosto mesmo é de abrir um livro tempos após a leitura e encontrar nele a minha marca.

Decidi transcrever  e compartilhar com vocês alguns dos muitos trechos que tenho sublinhados.
Trecho 1:


"Os filhos, pensava ele, são modos de estender o corpo e aquilo a que se vai chamando alma. São como continuarmos por onde já não estamos e estarmos, passarmos a estar verdadeiramente, porque ansiamos e sofremos mais pelos filhos do que por nós próprios, assim como nos reconfortam mais as alegrias deles do que a satisfação que directamente auferimos. Por isso temos gula pelos filhos, uma gula do tamanho dos absurdos, sempre começada, sempre incontrolável. E queremos tudo dos filhos como se nunca nos bastassem, nunca nos cansassem porque, ainda que nos cansemos, estamos incondicionalmente dispostos a continuar, uma e outra vez até que seja o corpo extenuado a desistir, mas nunca o nosso ímpeto, nunca o nosso espírito. Até porque desistir de um filho seria como desistir do melhor de nós próprios. Cada filho somos nós no melhor que temos para dar. No melhor que temos para ser." (O filho de mil homens - Valter Hugo Mãe)

E você, tem alguma mania ou ritual de leitura?

13 comentários:

  1. Eu tenho dó de sublinhar meus livros, rs..rs.. mas isso é bobagem né... porque quando a gente quer reler alguma passagem marcante, se estiver sublinhado fica bem mais fácil :-). Eu não tenho nenhuma técnica não, mas modéstia a parte, tenho boa memória :-), então eu quase sempre me lembro em qual capítulo li algo marcante e volto lá para rever. Boa leitura!!

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  2. Sandra, eu tenho péssima memória. Às vezes até lembro todo o texto, mas não sei onde o li.
    Eu conheço várias pessoas que como vc não gostam de rabiscar seus livros. Acho que isso é mesmo uma questão de gosto. Eu, particularmente, acho que fica bonitinho todo marcadinho...rsr
    Beijão e bom domingo

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  3. Oi, Daisy!
    Costumo colocar símbolos em volta do número da página. Se é a página inteira que tenho interesse, faço um círculo. Se apenas um trecho, faço um risco abaixo do número da página. Mas estou sempre com um bloco de notas ao lado para anotar algum pensamento que o livro me inspira. Esse que citou me lembrou um amigo que é geneticista; ele acha que a nossa alma se eterniza nos genes dos filhos. Assim, estaremos vivos enquanto gerações carregarem nossos genes. Em outras palavras, quem morre sem deixar filhos na terra, estará morto eternamente. Apenas uma teoria, lógico!
    Beijus,

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  4. Luma,
    Pois é, cada um tem seus truques pra deixar a leitura mais divertida e eficiente, né? O bloco de nota é legal, eu deveria insistir mais nisso, mas o problema é que como sempre utilizo um bloquinho diferente depois nunca sei onde anotei a tal frase.
    Acho que o teu amigo geneticista tem razão, é mais ou menos sobre isso que trata o livro de Valter Hugo Mãe. 'Conta a história de um homem que chegando aos 40 anos tem que lidar com a tristeza de não ter tido um filho... Conta sobre suas inquietudes, porque ele sabe que não deixar nenhum filho é morrer pra sempre, é não ter ninguém que o prolongue.'
    Obrigada pela visita.
    Beijo :)

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  5. Eu também sublinho, o que para algumas pessoas é sacrilégio!!!
    Mas sublinho praticamente apenas meus livros "sérios" (psicologia, filosofia, etc) e jamais livros que não são meus!!!
    Bom "conhecer" alguém que mora na China, adoro o país, o qual visitei bastante no ano passado (mas não fui até Hong Kong.

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    1. Milena, eu também só rabisco aqueles que são meus, sublinhar livro alheio nem pensar, né?!
      Andei lendo alguns textos seus sobre sua viagem pra a China, deu pra notar que vc gostou mesmo. Hong Kong é uma cidade muito bonita, mas apesar da Inglaterra a ter devolvido há alguns anos pra China, aqui é tudo tão ocidentalizado que muitas vezes até esqueço que eles também são chineses.
      Beijos

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  6. Ah, além de sublinhar escrevo notas nas margens, assim, quando quero reencontrar aquela passagem, fica mais fácil (facilitava muito nos estudos).

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    1. Nos meus livros didáticos eu também escrevia nas margens... facilita mesmo!!
      ;)

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  7. Oi Daisy, que prazer em conhecer seu blog. Sempre acreditei que na maioria das vezes o nosso pensamento atrai as palavras correlatas . Hoje acordei pensando no que escrever para minha filha que faz 26anos amanhã e como estou sem muito tempo/inspiração como em anos anteriores, a-m-e-i o que li, é exatamente o que venho sentindo:"...São como continuarmos por onde já não estamos...", fiquei curiosa com o livro. Muito Obrigada pelo Post que veio como uma luva, obrigada mesmo!! Eu sou como você, marco no texto aquilo que me toca e esses livros são os que mais durarão aqui na minha estante. Bjs, voltarei.

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  8. Oi, Vilma!
    Fico contente que de alguma forma o post tenha ajudado vc.
    O livro é muito bom, conta a história de um homem que se entristece por chegar aos quarenta anos e não ter sido pai. Então ele começa a sonhar em encontrar uma criança que possa chamar de filho e que o possa prolongar na vida. É uma história sobre o amor, sobre a paternidade e sobre a família... É bonito que só, vale a pena ser lido, sem falar que a escrita do Valter Hugo Mae é impecável.
    Beijos e seja muito bem-vinda por aqui

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  9. Um texto lindo. Penso assim, sobre os filhos. Uma mágica, uma extensão de nós, nosso ar, nosso coração fora do corpo. Sou visceral nessa questão, Day.
    Também marco os textos que leio, gosto de relembrar passagens, frases marcantes.
    Beijo!

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  10. Lúcia, acho que todo pai e toda mãe consegue se identificar com essa passagem... são palavras muito lindas, mesmo!
    Beijos :)

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  11. Lúcia, acho que todo pai e toda mãe consegue se identificar com essa passagem... são palavras muito lindas, mesmo!
    Beijos :)

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