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Mostrando postagens de maio, 2014

Então, a culpa é da vítima?

Eu não sei se estou ficando retrógrada, mas a verdade é que ando com muitas dificuldades em compreender  o ser humano, principalmente quando vejo toda essa violência que tem assolado o mundo ultimamente... Por conta do tema Violência, comecei um bate-papo saudável com uma conhecida, mas infelizmente acabou mesmo se transformando numa discussão bastante acalorada.  Começamos a falar sobre as informações que são vomitadas diariamente pelos meios de comunicação e rapidamente invadem as redes sociais. Eu disse que a mídia tem o incrível poder de manipular pessoas, e com a proliferação das redes sociais, as notícias - verdadeiras ou não - tomam proporções assustadoras. As pessoas hoje em dia não se dão mais ao trabalho de verificar se uma informação é proveniente de fonte idônea e se a pessoa que a postou é confiável. Isso, infelizmente, tem causado mal-entendidos gravíssimos; tem levado pessoas (pouco esclarecidas) a cometerem crimes hediondos, como esse que aconteceu sábado ...

O negócio é facilitar...

Ontem, li um artigo da Folha de S. Paulo  sobre um projeto da escritora Patrícia Secco, que tem como objetivo reescrever alguns clássicos da literatura. Algo nada inovador se levarmos em conta que existem por aí milhares de adaptações e resumos. Porém, foi com um quê de tristeza que cheguei à conclusão de que o grande problema da falta de leitura no Brasil, problema esse que aprisiona nossos jovens há anos, continua a ser tratado com o famoso jeitinho. A escritora alega que algumas obras da literatura brasileira, como O Alienista, de Machado de Assis, por possuírem muitas palavras desconhecidas precisam ser simplificadas. A proposta dela é trocar essas palavras "difíceis" por outras mais "fáceis". Ela diz também que a modificação que fará no texto de Machado não mudará em nada o estilo do escritor, que a ideia é apenas tornar a leitura mais  acessível aos jovens leitores. Para mim o projeto da escritora Patrícia Secco equivale a empurrar a sujeira para debaixo...

O Livro dos Abraços - Eduardo Galeano

“Quando é verdadeira, quando nasce da necessidade de dizer, a voz humana não encontra quem a detenha. Se lhe negam a boca, ela fala pelas mãos, ou pelos olhos, ou pelos poros, ou por onde for. Porque todos, todos temos algo a dizer aos outros, alguma coisa, alguma palavra que merece ser celebrada ou perdoada.” O Livro dos abraços enganou-me com seu belo título que, de uma doçura sem igual, levou-me a pensar que se tratasse de uma novela romântica, meio água com açúcar. Engano mesmo, minha gente, pois o que Galeano oferece ao leitor é muito mais que isso, ele nos brinda com pequenos relatos que se encarregam de contar grandes histórias: histórias de dores, histórias de lutas, histórias de amores e de sobrevivência. Embora a maioria desses relatos esteja relacionado à política na época da ditadura no Uruguai, eles discorrem também sobre o amor, sobre a velhice, sobre o medo, sobre religião e sobre amenidades da vida. O autor nos presenteia ainda com casos de sua própria vida na ép...