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Mostrando postagens de 2012

Um lugar surpreendente...

No final do ano passado fiz uma viagem maravilhosa com a minha família pra Tailândia. Na verdade nunca tinha pensado em conhecer esse país, tinha tantos outros destinos na cabeça que  ir à Tailândia nunca foi prioridade. Mas depois que mudei pra Hong Kong, percebi que é muito fácil viajar daqui para outros países asiáticos, a proximidade torna a viagem bastante mais cômoda e acessível. Então, quero aproveitar que estou do lado de cá para conhecer tudo que estiver ao meu alcance. Dá pra notar que  os chineses são apaixonados pela Tailândia, muitos viajam pra lá nas férias, porque além de ser um lugar de veraneio com praias paradisíacas, é também bastante barato se compararmos com os preços daqui! Por isso decidi ir até lá conferir de pertinho! De Hong Kong pra Phuket é rapidinho, apenas três horas de viagem - quando pensamos que falta muito pra chegar já estamos no lugar de destino. O clima é maravilhoso, quente durante praticamente todo o ano. Saímos de Hong Kon...

A sul da fronteira, a oeste do Sol.

Este foi o terceiro livro de  Haruki Murakami  que li. O primeiro foi  Minha Querida Sputnik,  logo depois li também  Norwegian Wood , ambos muito bons diga-se de passagem. Entrei em contato com os livros de Murakami em 2009, desde então não deixei de admirar cada vez mais este escritor japonês. Assim como  Norwegian Wood,   A sul da fronteira tem também como título o nome de uma famosa canção: South of the Border ,  de  Nat King Cole . O enredo, apesar de simples, consegue ser bastante instigante, além disso não é nada previsível. Murakami retrata o Japão da primeira metade do século XX, conta a história de Hajime, um menino de 12 anos que ainda criança se encanta com a graça de Shimamoto, uma menina da mesma idade. Entre eles nasce uma amizade sincera, e à medida que percebem as inúmeras coisas que têm em comum, a amizade fica ainda mais forte. Separam-se na juventude e por muitos anos não voltam a saber nada mais um...

Livro do Desassossego.

“Pasmo sempre quando acabo alguma coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar, acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia”. A primeira vez que li o Livro do Desassossego tive bastante dificuldade em manter um ritmo de leitura. Li muito devagar, fazendo pausas e mais pausas… demorei muito até engrenar completamente. Mas, a partir de um certo momento, a leitura me absorveu tanto que foi impossível deixá-la de lado. Foi até esquisito, porque comecei sem muito entusiasmo e acabei completamente extasiada. Logo no início fui bombardeada por uma frase intrigante:  “O coração, se pudesse pensar, pararia”.  Fiquei com essa frase na cabeça querendo saber se o autor tinha algo mais a dizer, acredito que por isso não desisti, insisti na leitura ...

Florbela Espanca, a poetisa do coração!

“O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que nem eu mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa, sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!” Passou já bastante tempo desde que li pela primeira vez um poema de Florbela Espanca. Acho que foi em 2002, quando folheando uma revista literária, encontrei um texto seu. Fiquei tão fascinada com suas palavras que na primeira oportunidade que tive comprei um livro. Desde então, nunca mais consegui me separar desse livro… tenho-o sempre à mão, leio-o, releio-o, rabisco-o. Os poemas de Florbela são sentimentais e tocantes, quando os leio é impossível não me sentir assim: completamente arrebatada. Sua poesia trata de amor e paixão de uma forma muito linda e sensual, aliás, o erotismo é uma característica muito forte na obra da escritora. Florbela consegue ...
Quem está ao sol e fecha os olhos, Começa a não saber o que é o sol E a pensar muitas cousas cheias de calor. Mas abre os olhos e vê o sol, E já não pode pensar em nada, Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos De todos os filósofos e de todos os poetas. A luz do sol não sabe o que faz E por isso não erra e é comum e boa.                 (Alberto Caeiro)

Fernando Pessoa

Whether we write or speak or do but look   We are ever unapparent. What we are   Cannot be transfused into word or book,   Our soul from us is infinitely far.   However much we give our thoughts the will   To be our soul and gesture it abroad,   Our hearts are incommunicable still.   In what we show ourselves we are ignored.   The abyss from soul to soul cannot be bridged   By any skill of thought or trick of seeming.   Unto our very selves we are abridged   When we would utter to our thought our being.   We are our dreams of ourselves souls by gleams,   And each to each other dreams of others' dream

Grande Sertão: Veredas.

“O senhor… Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra, montão”. Sempre tive uma vontade muito grande de ler  Grande Sertão. Tantas vezes escutei que era uma obra sem igual, que valia muito a pena. Ouvi tantos elogios que em duas ocasiões comecei a leitura, mas lamentavelmente foram tentativas fracassadas, pois eu sempre parei no meio do caminho ou, para ser mais sincera, muito antes do meio do caminho. A leitura nao fluía como eu esperava, eu perdia a motivação e, quando percebia, já tinha deixado o livro de lado e estava lendo outras coisas. Finalmente, em agosto de 2011, decidi insistir no livro e fiz disso uma meta. Dessa vez fui muito além das primeiras páginas, fui conquistada pelo encanto da narrativa de Rosa e consegui concluí-la com lágrimas nos olhos. Acho que escrever aqu...

Alucino com as frases de Riobaldo!

"O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem."